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{"id":85,"date":"2013-10-29T14:24:18","date_gmt":"2013-10-29T14:24:18","guid":{"rendered":"http:\/\/wagnerwoelke.com.br\/?page_id=85"},"modified":"2020-01-13T10:56:19","modified_gmt":"2020-01-13T13:56:19","slug":"humanidades","status":"publish","type":"page","link":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/artigos-2\/humanidades\/","title":{"rendered":"Humanidades"},"content":{"rendered":"

A IMPORT\u00c2NCIA DO TEATRO, O POVO, O GOVERNO E A DESVALORIZA\u00c7\u00c3O<\/strong><\/p>\n

Por Ramon Vitor<\/strong><\/p>\n

Apesar de n\u00e3o receber o seu devido valor sempre, indiscutivelmente o teatro \u00e9 fundamental na forma\u00e7\u00e3o cultural e pessoal de qualquer pessoa.<\/p>\n

Ele nos faz conhecer mais sobre a nossa pr\u00f3pria cultura que a cada vez mais as pessoas n\u00e3o d\u00e3o o devido valor, apesar de esta ser uma identidade, carregada por todos n\u00f3s. Entretanto, em 2009, foi feita uma pesquisa pelo Instituto da Cidadania com jovens de 15 a 24 anos, abordando temas gerais da vida, como lazer, trabalho, escolaridade e sexualidade. E o que mais chama aten\u00e7\u00e3o \u00e9 a abstin\u00eancia cultural do jovem brasileiro:<\/p>\n

23% nunca leram um livro<\/p>\n

39% nunca foram ao cinema<\/p>\n

62% nunca foram ao teatro<\/p>\n

59% nunca foram a um show musical<\/p>\n

52% nunca estiveram numa biblioteca fora da escola<\/p>\n

O que mais chama a aten\u00e7\u00e3o, \u00e9 que mesmo um espet\u00e1culo teatral sendo considerado muito mais rico que um filme no cinema, os n\u00fameros apontam que os brasileiros v\u00e3o muito mais a cinemas que a teatros. Percebe-se que o acesso ao cinema \u00e9 muito maior que ao teatro. Por que n\u00e3o o oposto? O teatro dentro de sua composi\u00e7\u00e3o tem muito mais cultura a apresentar para n\u00f3s do que um filme que \u00e0s vezes at\u00e9 trazem obras vazias.<\/p>\n

Nas crian\u00e7as, o teatro ajuda na forma\u00e7\u00e3o e no desenvolvimento, que assim ir\u00e1 despertar o desejo por conhecimento. Com toda certeza, ele deveria ser acrescentado na educa\u00e7\u00e3o b\u00e1sica de todo jovem brasileiro, pois ele traz entretenimento, informa\u00e7\u00e3o e cultura uma forma prazerosa e bem divertida.<\/p>\n

Se acrescentado nas grades curriculares, o aluno teria mais vontade e desejo pelo estudo, j\u00e1 que poderia ser uma aula descontra\u00edda e divertida, mas, claro, ao mesmo tempo trouxesse muita coisa de ensino ao aluno.<\/p>\n

H\u00e1 espet\u00e1culos que s\u00e3o especificamente para o p\u00fablico jovem, tratando de assuntos que lhes lembram e lhes aproximam mais diretamente. Mas tamb\u00e9m h\u00e1 muitos outros espet\u00e1culos a que os jovens tamb\u00e9m podem assistir. Formid\u00e1veis pe\u00e7as de teatro s\u00e3o universais, que atingem tanto o adulto quanto o jovem e a crian\u00e7a.<\/p>\n

_____<\/p>\n

O Povo<\/strong><\/p>\n

Ramon Vitor<\/strong><\/p>\n

Outra pesquisa, um pouco mais recente, realizada pelo Ipea no final de 2010, mostra que:<\/p>\n

“Metade dos brasileiros nunca foi a cinema, teatro ou museu”<\/p>\n

Quase 60% da popula\u00e7\u00e3o brasileira nunca foi a um teatro ou a um show de dan\u00e7a e aproximadamente 70% jamais foi a museus ou centros culturais.<\/p>\n

Segundo o Ipea, o desenvolvimento cultural depende do contexto urbano em que a popula\u00e7\u00e3o \u00e9 inserida e a dificuldade de acesso a equipamentos culturais \u00e9 apontada como um dos fatores para criar barreiras.<\/p>\n

\u201cA classe m\u00e9dia brasileira diz que cultura \u00e9 importante, mas se questionada sobre a frequ\u00eancia dela nestes espa\u00e7os, \u00e9 poss\u00edvel observar que ela prefere consumir. \u00c9 o velho modelo importado dos americanos. No tempo livre, a popula\u00e7\u00e3o escolhe comer em um restaurante, por exemplo, do que gastar o dinheiro com livros ou m\u00fasica\u201d, afirma o artista pl\u00e1stico Carlos Dalastella. (Trecho retirado deste texto do site gazetadopovo)<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 quest\u00e3o de tempo, poder aquisitivo, consumismo. \u00c9 quest\u00e3o de ter um pouco de esfor\u00e7o e pensamento pr\u00f3prio. N\u00e3o h\u00e1 como negar, o brasileiro \u00e9 acomodado em rela\u00e7\u00e3o ao conhecimento. Algumas dificuldades podem at\u00e9 serem explicadas, mas n\u00e3o s\u00e3o desculpas para estagnar o seu desenvolvimento como pessoa, cidad\u00e3o. N\u00e3o s\u00e3o desculpas para voc\u00ea esquecer a literatura, a m\u00fasica boa, o seu conhecimento.<\/p>\n

Hoje, o teatro n\u00e3o mais ocupa o centro da vida das pessoas e tornou-se uma arte “das minorias”. N\u00e3o venho a dizer que uma arte insignificante, nem uma arte a desaparecer, mas, sua capacidade de persuas\u00e3o na vida de cada um n\u00e3o pode competir com a da televis\u00e3o e nem do cinema. Entretanto, enquanto a televis\u00e3o est\u00e1 cada vez mais a dispor da Mesmice e da busca pela a maior audi\u00eancia, o teatro mudou, ou melhor dizendo, aumentou a liberdade que lhe permite explorar territ\u00f3rios novos… Tanto na escrita, como na encena\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Voc\u00eas que est\u00e3o lendo, j\u00e1 fizeram visitas ao teatro? J\u00e1 foram a outras institui\u00e7\u00f5es culturais? A museus? Qual \u00e9 a sua familiaridade com o teatro?<\/p>\n

Voc\u00ea sabia que a plateia \u00e9 o membro mais respeitado no teatro? E \u00e9 para voc\u00ea que todos os esfor\u00e7os dos atores e da equipe t\u00e9cnica se somam, preparando o melhor espet\u00e1culo. Este que poder\u00e1 ser uma grande experi\u00eancia, com a qual poder\u00e1 aprender muito e levar diversas li\u00e7\u00f5es com apenas uma pe\u00e7a.<\/p>\n

A face, a identidade de uma origem c\u00eanica \u00e9 infinitamente mais que a mera exibi\u00e7\u00e3o da nota\u00e7\u00e3o de um estilo marcante. Ela \u00e9 o ponto a partir do qual uma cena devolve a total liberdade diante da obra, e que n\u00e3o obriga a pessoa mudar seu ponto de vista, ou sua maneira de pensar, mas aplicar e redefinir aquilo \u00e0 sua situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Governo: \u00c9 de se notar que principalmente no nosso pa\u00eds, assim como muitos outros programas culturais, o teatro tem falta de patroc\u00ednio e incentivo, o governo n\u00e3o incentiva o consumo da cultura nos momentos de lazer. O que ser\u00e1 que facilita a ida do p\u00fablico ao teatro? O que facilita a ida do teatro at\u00e9 o p\u00fablico? Promover e baratear os ingressos, ter maior divulga\u00e7\u00e3o pelos meios de comunica\u00e7\u00e3o. A internet est\u00e1 a\u00ed, e cada vez crescendo mais, por que n\u00e3o explorar esse meio? A adequa\u00e7\u00e3o de transportes e a constru\u00e7\u00e3o de centros culturais principalmente na periferia das cidades podem dar maior acesso ao teatro. A publicidade atrai a grande massa como p\u00fablico, publique isso, exponha essas mudan\u00e7as. A forma\u00e7\u00e3o de um p\u00fablico de teatro, tem como objetivo a amplia\u00e7\u00e3o dos frequentadores podendo, e criando SIM o h\u00e1bito de ir ao teatro, na parcela atingida da popula\u00e7\u00e3o. Concluindo, se tiver a oportunidade de ir apreciar as pe\u00e7as teatrais, n\u00e3o pense duas vezes, v\u00e1 e conseguir\u00e1 perceber o quanto esta cultura pouco considerada vale muito a pena. A desconsidera\u00e7\u00e3o do teatro \u00e9 uma triste realidade, mas ela existe. Seria legal que isso mudasse, mesmo que aos poucos… As novas gera\u00e7\u00f5es v\u00eam mudando ultimamente, alguns est\u00e3o tendo mais contato com a arte de um modo mais geral. Seja por seus sonhos, estes desenham, comp\u00f5em m\u00fasicas e poemas, e isso j\u00e1 \u00e9 um in\u00edcio… Agora \u00e9 torcer por uma mudan\u00e7a de h\u00e1bitos.<\/p>\n

_______<\/p>\n

A PERCEP\u00c7\u00c3O DE DEUS<\/strong><\/p>\n

Por Wagner Woelke<\/p>\n

Confesso que ouvir de voc\u00ea a suspeita de que DEUS, por hip\u00f3tese, estivesse morto me deixou surpreso\/preocupado. Sei que voc\u00ea sabe que DEUS n\u00e3o est\u00e1 morto. Resisti \u00e0 tenta\u00e7\u00e3o de uma resposta simplista e objetiva, a de que se eu e voc\u00ea e tudo o que h\u00e1 existe, ent\u00e3o DEUS est\u00e1 vivo. Ontem estive em Bertioga, num daqueles passeios onde voc\u00ea sente satisfa\u00e7\u00e3o em tempo integral. Enquanto esperava a por\u00e7\u00e3o de camar\u00e3o tostado da barraca, fiquei olhando as ondas quebrarem na rebenta\u00e7\u00e3o da praia. O mar estava agitado, com uma meia ressaca, e de vez em quando as \u00e1guas avan\u00e7avam muito al\u00e9m da \u00e1rea onde ocorria a rebenta\u00e7\u00e3o, surpreendendo a todos, muitas vezes pela for\u00e7a com que passava por n\u00f3s, na altura do tornozelo. Acariciava-me os p\u00e9s na sua passagem de ida e volta. Fiquei umas duas horas sentado ali, numa cadeira de praia, embaixo de um guarda-sol, observando aquela potencia toda. O c\u00e9u estava ora azul, daquela azul que \u00e9 uma pintura de lindo, ora tomado pelas nuvens cinzas, escondendo o Sol, para logo em seguida se abrir e descortinar novamente o infinito e eterno azul. Sei que parece azul por conta da percep\u00e7\u00e3o, que meus olhos, janela para o Universo, me revelam. N\u00e3o ventava muito forte, nem o Sol, quando aparecia, se fazia avassalador e insuport\u00e1vel, mas at\u00e9 ele acariciava a pele do rosto, e minha acompanhante colocou a face para cima, com os olhos fechados e o rosto num leve sorriso, para ter as bochechas acariciadas pelo suave calor. O mesmo com a brisa suave. Dentro do mar, uns trezentos metros para dentro, as \u00e1guas revoltas se contorciam, e sua superf\u00edcie serpenteava, deslocando um volume que, segundo pensei, devia ser consider\u00e1vel, e parecia se elevar a v\u00e1rios metros de altura em rela\u00e7\u00e3o a onde est\u00e1vamos, como se embaixo dela houvesse uma grande animal, uma serpente gigantesca se mexendo e causando o rebuli\u00e7o na superf\u00edcie. Estava numa ponta da praia, que se estendia para a minha direita por quil\u00f4metros, e as ondas quebravam com estrondo, levantando uma cortina branca que emba\u00e7ava a imagem das coisas long\u00ednquas. Longe, olhando em frente, umas lanchas volta e meia cruzavam o caminho, ora indo para alto mar, ora retornando, subindo e descendo aquelas pequenas montanhas de \u00e1gua. Mais longe ainda, a linha do horizonte revelava uma bela fisionomia plana, azulada, esverdeada, que minha percep\u00e7\u00e3o reputava por infinita. Eu sei, era um espet\u00e1culo da grandeza de DEUS. Passou um cachorro enorme, com uma pessoa. A express\u00e3o da cara do cachorro era de alegria e felicidade, e ele realmente puxava e conduzia um homem, um tanto gordo, ao longo da praia, e era altamente percept\u00edvel o bem estar e a satisfa\u00e7\u00e3o do animal por caminhar por ali. Fiquei pensando se ele distinguia e percebia a beleza da espuma que subia das ondas. Tentei falar com minha colega que aquelas ondas quebravam ali naquele ponto, com aquela for\u00e7a e exibindo aquele espet\u00e1culo provavelmente h\u00e1 milh\u00f5es de anos n\u00e3o para ser admirado por algu\u00e9m, como eu e certamente outras pessoas que tamb\u00e9m olhavam de algum outro ponto as mesmas manifesta\u00e7\u00f5es, por\u00e9m o pensamente dela n\u00e3o estava nesta sintonia, e riu-se das minhas preocupa\u00e7\u00f5es filos\u00f3ficas. Deixei para l\u00e1. S\u00f3 continuei a registrar na minha mente aquela for\u00e7a, e tentava tamb\u00e9m com meu pensamento captar aquela energia toda, e registra-la e decodifica-la. De vez em quando, olhava para traz, em dire\u00e7\u00e3o ao pared\u00e3o da serra, a muralha que se elevava gigantesca a uns quinze quil\u00f4metros. Descer a serra sempre \u00e9 um espet\u00e1culo deslumbrante, e a vis\u00e3o da grandiosidade das pedras, das cachoeiras, das \u00e1guas l\u00edmpidas que descem escandalosas e barulhentas pelas encostas, \u00e0s 7 da manh\u00e3, o dia nascendo, eleva o esp\u00edrito humano, e pessoas como eu devolvem seu entusiasmo e estado de \u00eaxtase na forma de um sil\u00eancio de respeito. O camar\u00e3o chegou, por\u00e7\u00e3o generosa, empanado, quentinho, estalando, e seu sabor e o da cebola que o acompanhava, mais o molho t\u00e1rtaro misturado com molho de tomate, sabor de sonho, coroado por goles de suco de abacaxi, cremoso, feito com \u00e1gua mas com sabor acentuado de leite condensado. A degusta\u00e7\u00e3o destas simples del\u00edcias, para mim de sabor fant\u00e1stico enlevou mais ainda minha perplexidade. \u00c9 DEUS se doando aqui, pensei. Olhei para os lados, somente eu a minha companheira degust\u00e1vamos camar\u00e3o tostado com cebola e molho, empurrado por aquela del\u00edcia de suco de abacaxi. As demais pessoas faziam outras coisas, as crian\u00e7as rolavam na \u00e1gua rasa, mas todos recebiam. Recebiam alguma coisa, pois percebi que mesmo as mais discretas como eu express\u00f5es confiantes e de bem estar. DEUS se doava, se dava abertamente a cada um ali, do jeito que a pessoa quisesse perceber e receber. \u00c9 DEUS presente. Fritjof e Steindl-Rast falam em \u201cPertencendo ao Universo\u201d sobre Revela\u00e7\u00e3o, e que \u201ca revela\u00e7\u00e3o de DEUS, o irromper da realidade divina na nossa realidade cotidiana, \u00e9 algo que prossegue continuamente.\u201d Dizem mais: \u201cA realidade se doa, se desvela para n\u00f3s, deliberadamente. E ficamos apavorados em essa doa\u00e7\u00e3o. Ela EST\u00c1 DISPON\u00cdVEL A TODOS, A CADA SER HUMANO. \u00c9 este o ponto principal: o mundo se d\u00e1 a n\u00f3s. Ele se d\u00e1 livremente a n\u00f3s; BASTA QUE O PERMITAMOS. Ele nos inunda de d\u00e1divas\u201d. Hoje, domingo no centro velho de S\u00e3o Paulo, sa\u00ed por volta das onze horas de meu apartamento para tomar minha vitamina numa lanchonete especializada na Pra\u00e7a da Rep\u00fablica, uma \u201cbomba\u201d energ\u00e9tica com a\u00e7a\u00ed, leite, amendoim, n\u00f3 de cachorro, catuaba, marapuama, e outros quesitos mais, e as multid\u00f5es tomavam a Avenida Ipiranga, a Avenida S\u00e3o Luiz, a Avenida S\u00e3o Jo\u00e3o, a Pra\u00e7a J\u00falio Mesquita, e se moviam tamb\u00e9m em ondas humanas, intermin\u00e1veis, algumas vindo, outras indo, caminhando de forma mais ou menos ordenada e organizada. Explica-se: a tal da Virada Cultural promoveu dezenas de atra\u00e7\u00f5es art\u00edsticas para todos os gostos, simult\u00e2neas, e os grupos de an\u00f4nimos se formavam espontaneamente, e iam e vinham de palcos gigantescos montados em v\u00e1rios pontos. Demorei-me um pouco a ver o Zeca Baleiro na Pra\u00e7a Julio de Mesquita, e a multid\u00e3o se acotovelava em frente ao outrora tragicamente conhecido e agora an\u00f4nimo Edif\u00edcio Andraus, batendo palmas e dan\u00e7ando ao ritmo da poderosa batida. Eram muitos jovens. Mas muitos jovens mesmo, bota gente jovem nisso, o sorriso e ar de felicidade era exalado de forma suave pelas rec\u00e9m sa\u00eddas da puberdade garotas, pele lisa, olhares tranq\u00fcilos, express\u00f5es felizes, vestidas em suas blusinhas leves e suas cal\u00e7as jeans, aqui e ali apenas um ou outro jovem exibia um comportamento mais ousado na forma de um penteado mais radical e um \u201dpiercing\u201d colocado nos l\u00e1bios, dando uma sensa\u00e7\u00e3o estranha em que v\u00ea. Gentarada linda! Fui atra\u00eddo pela batida a dois quarteir\u00f5es dali, e senti no peito e nos pulm\u00f5es, literalmente, o poder da vibra\u00e7\u00e3o sonora. O som muito amplificado da bateria do conjunto causava rea\u00e7\u00f5es no meu corpo, enquanto o Silvio Brito cantava, poderosamente, no Largo do Arouche: \u201cT\u00e1 todo mundo loco, oba, t\u00e1 todo mundo loco, oba, t\u00e1 todo mundo loco, oba, dingdingdim, din din!\u201d (Pensei nas ondas discretas de nossos pensamentos, se dispersando no Universo, no plasma. Rsrs). As multid\u00f5es reagima e v\u00e1rias pessoas se contagiavam com aquela vibra\u00e7\u00e3o toda, e aquilo se traduzia em rostos sorridentes e movimentos r\u00edtmicos dos bra\u00e7os e das pernas e olhares complacentes para o palco e para seus vizinhos. Sa\u00ed dali, depois de considerar se esperava pelo show do Odair Jos\u00e9 que come\u00e7aria em seguida, \u00e0s 13 e trinta. N\u00e3o fiquei pois j\u00e1 me julgava com inspira\u00e7\u00e3o suficiente para lhe escrever. Caminhei apressadamente em dire\u00e7\u00e3o ao meu pr\u00e9dio, aproveitando para passar pela Pra\u00e7a da Rep\u00fablica, onde outra orda balan\u00e7ava e se espremia, de forma \u201clight\u201d, para ouvir os belos e afinados acordes das guitarras de outro grupo. No geral, o astral e o clima era muito positivo e gostoso, e as pessoas pareciam envolvidas em alguma coisa boa. Subindo a S\u00e3o Luis em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 Consola\u00e7\u00e3o, n\u00e3o pude deixar de notar uma garota loura, vestindo um short jeans, sentada solit\u00e1ria numa pequena pra\u00e7a na esquina da Major Sert\u00f3rio. Passei por ela e, de relance, vi seu olhar perdido longe, e lhe percebi uma express\u00e3o chorosa na face, e tamb\u00e9m que havia uma l\u00e1grima parada pr\u00f3xima de suas narinas, no lado direito de seu rosto. Caminhei o resto dos 50 ou 70 metros que me separavam da portaria de meu edif\u00edcio pensando nos poss\u00edveis motivos daquele choro. L\u00f3gico que pensei em v\u00e1rias hip\u00f3teses, apenas como exerc\u00edcio. Ocorreu-me de ir l\u00e1 e lhe perguntar, pensando em talvez oferecer algum aux\u00edlio, mas n\u00e3o o fiz. Os primeiros carros da torcida do Corinthians j\u00e1 se iniciavam a passar, buzinando alto, ostentando enormes bandeiras do clube, pois o jogo come\u00e7aria em menos de 2 horas pr\u00f3ximo dali, no est\u00e1dio do Pacaembu.<\/p>\n

N\u00e3o encontrei o seu texto, que eu havia lido na 6\u00aa. feira, e o perdi em algum ponto entre S\u00e3o Paulo e a Riviera de S\u00e3o Louren\u00e7o, no litoral norte, na manh\u00e3 de S\u00e1bado. N\u00e3o pude, desta forma, linkar de forma muito adequada o meu texto com sua argumenta\u00e7\u00e3o a respeito do ego humano, mas em rela\u00e7\u00e3o a DEUS, isso d\u00e1 para eu tentar falar. H\u00e1 cerca de 15 anos, eu pregava no p\u00falpito de uma comunidade evang\u00e9lica em Mogi das Cruzes, e mencionei algo a respeito do DEUS VIVO, e me lembro de ter falado algo ao \u201cDEUS que se importe, e faz alguma coisa em decorr\u00eancia de nossas ora\u00e7\u00f5es e busca por ele.\u201d. Ou algo nesse sentido. Pude ver o brilho no rosto das pessoas que me assistiam, e o discreto movimento de concord\u00e2ncia feito com as cabe\u00e7as. Isto me deu a no\u00e7\u00e3o de que as pessoas faziam a distin\u00e7\u00e3o entre um DEUS que n\u00e3o responde, e um DEUS que responde, o tal \u201cDEUS VIVO\u201d, express\u00e3o muito usada no meio evang\u00e9lico. No domingo passado, assisti a uma missa. O tema era a p\u00e1scoa. Vi o padre entrar, atrasado, com alguma pompa cheio de roupagens diferentes, que denotavam luxo e, ap\u00f3s as cantigas de um tradicional grupo de idosos, tomar o microfone, e falar palavras ditas mansamente, quase que inaud\u00edveis pois que ele falava baixo e longe do microfone, com um olhar de enfado e perdido no fim da igreja, no alto. Segu\u00edamos o missal, mas fui para perto de um alto falante para ver se distinguia os sons proferidos pelo sacerdote. Todas as interven\u00e7\u00f5es do homem foram feitas propositalmente de forma inintelig\u00edvel, mas ele n\u00e3o meconhece, n\u00e3o sabe com quem est\u00e1 lidando ( rsrs ): prestei aten\u00e7\u00e3o em cada coisa que ele falou, e percebi que ele falou, mecanicamente diga-se de passagem, por algumas vezes \u201ca igreja\u201d: \u201c \u201ca igreja\u201d – n\u00e3o se deu ao trabalho de complementar \u2013 \u201ccat\u00f3lica\u201d \u2013 considerando, penso eu, que para eles, quando se fala de igreja, s\u00f3 se pode estar falando de uma. Bem, nem men\u00e7\u00e3o do significado da P\u00e1scoa, nem do DEUS VIVO. N\u00e3o quero ser preconceituoso, mas ouso dizer que ali, naquele culto, verdadeiro sacrif\u00edcio para os presentes, DEUS estava morto. (Esse pessoal anuncia que det\u00eam direitos de exclusividade aqui na Terra com rela\u00e7\u00e3o a DEUS.) N\u00e3o que eu achasse que um culto de p\u00e1scoa fosse absolutamente necess\u00e1rio e \u00fatil para alguma coisa. Cada vez mais me parece que a dimens\u00e3o real daquilo que chamamos de DEUS est\u00e1 t\u00e3o vastamente distante do que conhecemos dele, e dos termos que conseguimos usar para cit\u00e1-lo e descrev\u00ea-lo, que estas manifesta\u00e7\u00f5es humanas no sentido de se agruparem para busca-lo s\u00e3o mais toscos e t\u00edmidos rituais que servem mais como desculpas para n\u00f3s mesmos, para n\u00f3s mesmos nos dizermos uns aos outros que estamos buscando a face de DEUS. Parafraseando outras cita\u00e7\u00f5es do mesmo livro, n\u00e3o feitas pelos debatedores, mas somente para ilustrar a no\u00e7\u00e3o humana equivocada, menciona aquela de que \u201cDEUS fica sentado em algum lugar l\u00e1 fora, e de vez em quando interfere com o mundo de uma maneira diferente.\u201d Pelas pequenas coisas que descrevi acima, tentei demonstrar que DEUS se revela a n\u00f3s o tempo todo, DEUS est\u00e1 pr\u00f3ximo, faz parte de nossa experi\u00eancia em tempo integral, e nEle vivemos. Como disse, repito a frase da dupla: \u201cA revela\u00e7\u00e3o de DEUS, o irromper da realidade divina na nossa realidade cotidiana, \u00e9 algo que prossegue continuamente. Tornando-nos mais receptivos com rela\u00e7\u00e3o a ela, n\u00f3s a recebemos\u201d<\/p>\n

A quest\u00e3o, portanto, \u00e9 mais de capacidade de percep\u00e7\u00e3o do que da suposta aus\u00eancia ou omiss\u00e3o de DEUS em v\u00e1rias quest\u00f5es nas quais ansiamos pela sua interven\u00e7\u00e3o. As pessoas, mais ou menos despertas para as coisas de DEUS, querem envolv\u00ea-lo em quest\u00f5es espec\u00edficas de seu dia-a-dia e, como n\u00e3o v\u00eam sua pronta resposta da forma ou no tempo em que elas desejam, ficam com a impress\u00e3o de que ele est\u00e1 \u201csentado em algum lugar l\u00e1 fora, jogando dados, e de vez em quando resolve intervir aqui e ali, mas n\u00e3o sempre\u201d, n\u00e3o se sabe bem porque. Alguns chegam at\u00e9 a duvidar de sua exist\u00eancia, muito embora vivam por ele, se movam por ele, e existam por ele. (rsrs). J\u00e1 escrevi em outra carta que DEUS n\u00e3o percebe o mundo como n\u00f3s percebemos, e adiciono a coloca\u00e7\u00e3o do Thomas Matus, obra citada: \u201c..tudo o que afirmamos a respeito de DEUS implica tamb\u00e9m a diferen\u00e7a infinita que h\u00e1 entre DEUS e tudo o que conhecemos ( ou que percebemos \u2013 inclus\u00e3o minha ).<\/p>\n

Bem, Patr\u00edcia, complemento que estes assuntos n\u00e3o s\u00e3o trat\u00e1veis com todos, e as pessoas, de um modo geral, parecem ter seu pr\u00f3prio rol de assuntos que lhe preencham as suas capacidades de se preocupar com o que quer que seja: uns, \u00e9 o futebol, outras \u00e9 o \u00faltimo modelo de celular ou o \u00faltimo recurso da inform\u00e1tica, outro \u00e9 a nova m\u00fasica deste cantor ou daquela dupla ou conjunto, ou a \u00faltima palavra em termos de moda de roupas ou sapatos. Depois, quando acham que precisam de uma interven\u00e7\u00e3o sobrenatural, talvez busquem a DEUS contaminados por estas premissas, algumas falsas ou m\u00e1gicas ou pirot\u00e9cnicas demais, e n\u00e3o obt\u00e9m respostas dentro destas mesmas contaminadas expectativas, e ficam frustrados. Quanto a mim, continuo querendo entender a mente de DEUS, e ele me tem satisfeito, em doses mais do que suficientes para manter minha empolga\u00e7\u00e3o…<\/p>\n

Wagner Woelke<\/p>\n

______<\/p>\n

A HIPNOSE HUMANA<\/strong><\/p>\n

Por Wagner Woelke<\/p>\n

Tenho procurado me aprimorar nesta consci\u00eancia de que somos prisioneiros de uma ilus\u00e3o, que nos \u00e9 apresentada atrav\u00e9s de nossos sentidos (vis\u00e3o, olfato, tato, etc. ), e a essencia das coisas, que reflete a face e o car\u00e1ter de \u201cDeus\u201d, se n\u00e3o nos libertamos e “acordamos”, esta nos passa desapercebida. Na verdade, n\u00e3o me expressei bem sobre isso acima. Vou desenvolver algo a respeito com calma. Por enquanto, gostaria de deixar algumas palavras da Helen Schucman, retiradas do pref\u00e1cio do seu “Um Curso em Milagres”: “O mundo da percep\u00e7\u00e3o..se baseia em interpreta\u00e7\u00e3o, n\u00e3o em fatos. \u00c9 o mundo do nascimento e da morte, fundado sobre a cren\u00e7a na escassez, na perda, na separa\u00e7\u00e3o e na morte. Ele \u00e9 aprendido mais do que dado, seletivo nas \u00eanfases que d\u00e1 a percep\u00e7\u00e3o, inst\u00e1vel em seu funcionamento e impreciso nas suas interpreta\u00e7\u00f5es….Quando foste aprisionado no mundo da percep\u00e7\u00e3o, foste aprisionado num sonho. N\u00e3o podes escapar sem ajuda, porque tudo o que os teus sentidos te mostram, apenas testemunha a realidade do sonho…o que a percep\u00e7\u00e3o v\u00ea e ouve parece ser real porque ela s\u00f3 permite que entre na consci\u00eancia o que est\u00e1 de acordo com os desejos de quem est\u00e1 percebendo. Isso leva a um mundo de ilus\u00f5es, um mundo que precisa de defesa constante, exatamente porque ele n\u00e3o \u00e9 real.” Mas, pergunto-me: como e porque este mundo da imperfei\u00e7\u00e3o, da ilus\u00e3o se instalou na nossa frente? Mais: como o mundo da imperfei\u00e7\u00e3o que eu vejo, \u00e9 o mesmo mundo da imperfei\u00e7\u00e3o que voc\u00ea v\u00ea, e que o outro v\u00ea? J\u00e1 entendi que Deus, ou a Mente Universal, ou a sabedoria c\u00f3smica, ou qualquer outro nome que se queira dar para designar este grande mentor de tudo o que h\u00e1, ele \u00e1 perfei\u00e7\u00e3o absoluta, a justeza mais justa, mas n\u00e3o me conformo de estarmos vivendo no meio da falta da justeza de Deus, e que n\u00f3s somos os respons\u00e1veis por isso. N\u00e3o tenho resposta para isso ainda. Talvez os coment\u00e1rio da Helen ajudem: “O mundo que n\u00f3s vemos somente reflete nosso pr\u00f3prio referencial interno – as id\u00e9ias dominantes, desejos e emo\u00e7\u00f5es de nossas mentes…N\u00f3s fazemos com que ele seja verdadeiro atrav\u00e9s de nossas interpreta\u00e7\u00f5es do que estamos vendo. Se estamos usando a percep\u00e7\u00e3o para justificar nossos pr\u00f3prios erros – nossa raiva, nossos impulsos para atacar, nossa falta de amor em todas as formas que pode ter – veremos um mundo de maldade, destrui\u00e7\u00e3o, mal\u00edcia, inveja e desespero…\u201d Pretendo discorrer mais sobre isso, deixa eu pensar…beijos…Wagner Woelke<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A IMPORT\u00c2NCIA DO TEATRO, O POVO, O GOVERNO E A DESVALORIZA\u00c7\u00c3O Por Ramon Vitor Apesar de n\u00e3o receber o seu… Continue lendo<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":77,"menu_order":1,"comment_status":"open","ping_status":"open","template":"","meta":[],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/85"}],"collection":[{"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=85"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/85\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4963,"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/85\/revisions\/4963"}],"up":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/77"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/www.wagnerwoelke.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=85"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}